sábado, 17 de setembro de 2011

por leveza, por ausência, por nada. nadinha.


Olá,
hoje escrevo por não ter nada a dizer. Hoje me inspiro pela ausência de criatividade e minhas ideias expiram no primeiro revirar de olhos. E meus olhos reviram freneticamente à procura silenciosa dum vazio sinistro 
e meu coração desconstrói a si 
por leveza.

Todo multifacetado, meu coração já desaguado inteiro em sangue
já pulsando em tudo quanto artéria
desata a reconstuir-se na cadência duma ventania que promete chuva,
e ali longe na cabeceira e esquecidos, meus fones de ouvido tocam sozinhos
e daqui de longe vendo soltas as notas jorrarem espaço afora,
avivo o olhar e a pulsação como que em notas tais quisesse dançar
e nelas 
inebrio.

E digo pros meus ouvidos aquietarem e deixarem a música desgrudar deles;
eles não querem e dizem
caso pare de soar para dentro de nós,
volta. Um dia.
E um amigo diz
leva a música na alma
e eu digo que acho graça,
e rio feito louca, feito lúdica,
mas minha boca insiste sincera e esboça um sorriso,
meio sorriso feito orgulho de ser,
feito reconhecimento de ser poesia,
pois ela bem sabe de si quando em sorriso se estica
é que a alma quando quis sair por ela
agarrou e levou corpo adentro aqueles acordes, 
feito fossem um pedaço perdido de si.

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