segunda-feira, 9 de abril de 2012

meu menino homem lindo no mundo


      Eu gosto de você assim Cru. Despenteado, cheirando a gente, de postura caseira e olhos febris.
Eu gosto de ti assim demais; ofego, suor. De caras e bocas que não ousa mostrar pra ninguém além do espelho. Gosto de ti humano com o que tens por detrás aí dessa tua pele que te tanto preocupa.


      Gosto de ti descalço, nu. Desse jeito despojado que te portas diante de mim. Estirado na cama, íntimo.
Entrelaçado e choroso. Gosto do olhar de saudade que sai dos teus afiados lindos olhos negros que agem cortantes por onde passam; e desse teu sexo que reflete, na força, o encanto imenso que guarda e contém comprimido, quase a transbordar, pra não perder a seriedade.
     
     Tem problema não. Não mais, não para mim e não agora.
      Agora te gosto assim rídículo e mais lindo do que nunca. pois de alma despida Te gosto na sua despretensão, quando te basta o chinelo e a brancura neutra de uma camiseta qualquer. Corpo quando, nu, me atiça o tato; na sinceridade do aperto dos teus braços; na crueza desse teu afeto orgulhoso e na dureza de tua vaidade amolecida por alguma coisa que vê nos meus olhos. Algo que se deixa filtrar.

      Te amo no calar da percepção que exprime quando me olha fundo - da qual tenho conhecimento apenas pela forma como repousa o olhar no meu. E na cara de perplexidade que te veste quando isso acontece e eu finjo não notar sua atenção posta nos meus trejeitos que teimo evidenciar. Por charme, por vaidade minha. Por mulher.

     Pois venha, por fim, por nós. Pega esse chinelo, as chaves do carro e deita do meu lado. Pois de saudade só me resta o reencontro... Nem que te vás depois, ou seja la como te apetecer o orgulho. Mas antes fica.
   
      Fica e te escancara de vez que é nesse homem que vejo beleza. É desse homem sincero e completo e corajoso, que de anteparo pros olhos deixa apenas algum pranto sincero. Que, de mãos soltas, dança diante de mim.. Mãos tranquilas e isentas do pudor de tapar os olhos, de esconder a alma que tem sede de falar. Dona de uma boca que não fala, no entanto.
      Por isso eu digo, e repito!
      Despenteia esse cabelo, larga esse riso exprimido e delira com os dentes todos à mostra. Queira. E deixe ser. Te sejas suave, te percas na beleza de ser cru e compartilha....

Depois te vás, como bem quiser, veja bem.
De óculos escuros e sentimento lacrado no fundo do peito, se assim lhe confortar,
Tudo bem, no fluxo natural das coisas, tem um sempre um lindo sol para que teus olhos detenham negros e oblíquos... Puts,
tu me mexe inteira