segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Não quero fazer uso desse autoengano forjado em vaidade. Eu quero sentir o frio na minha cara dada a tapa se a brisa proveniente dos tempos vindouros, presentes ou futuros assim vier. Como que a cada bandeira se escondesse uma forma de caber no mundo. Eis aqui.

Nada é permanente. Haverá sempre algo pelo que lutar,
haverá sempre um ponto de vista alternativo.
Sempre há de haver os interesses econômicos, e as minorias,
os interesses sociais.
Tudo fluido, tudo constantemente mutável.
Sempre há de haver a revolta, o conforto.
E o conforto através da revolta. E esta contra o mesmo.

E uma ideologia por detrás de uma perspectiva,
e vice e versa.
E uma perspectiva afrente ou por entre as entranhas de uma realidade.

E milhares de pontos de vista acerca da mesma,

E um pão a se comer, e um meio de buscá-lo.
E vai sempre haver fome
e uma ideologia a ser corrompida por excesso de fome.

E uma vergonha a ser forjada por aquilo que se clamava e que de repente deixou de encher a barriga,
os olhos
e a garganta de fervor.
E o coração, sempre fatigado de tudo
sempre nessa sede de bater.

E haverá sempre uma superficialidade a ser maquiada,
uma lucidez a querer quebrá-la
e talvez um questionamento acerca da efetividade desta.

E talvez uma cegueira a ser perpetuada a troca de conforto
e a favor da continuidade
da manutenção,
do aguentar-se no mundo.
De fluir por ele, e se adaptar a ele.
E uma loucura a favor de uma existência.

Uma existência a favor de um ser, e vez ou outra uma maldade contra.
Uma sociedade a corromper
um grito a esclarecer,
uma passeata a proclamar.

Sempre um ponto de vista a ser relativo.

Sempre um ser humano
e pés e mãos
a serem metidos uns pelos outros.

E emoções a serem confundidas, e amores a serem postos
Sempre um ego;
um imensamente ego
a ser exposto
e uma sede de ser, uma sede de mostrar
uma sede de subverter;
e de ter voz
e de levantar uma bandeira.

Ou uma timidez a amenizar.

Pra tudo desatar em pó.
tudo.
Igualmente em pó.

Ainda bem que existem os monges, e os antropólogos,
e os filósofos e os físicos e os ambientalistas
os esquerdistas, os de direita, esquerda, os contemporâneos
os a favor, os que são contra
os subversivos, os conformados
os desapegados e aqueles que amam tartarugas.
ainda bem. 

Um comentário:

  1. gostei, idéia grande e óbvia. Jogando as coisas grandes e absolutas com as verdades incomodas

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